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Itaú Lança Programa de Saúde, Mas Continua a Adoecer Trabalhadores

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    brazgodoiemedeiros
  • 18 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura

Por Cristiano Medeiros


O Itaú Unibanco anunciou recentemente o lançamento do "Conexão Saúde", um programa que promete ampliar o cuidado com a saúde mental e física de seus funcionários. A iniciativa, apresentada como um passo significativo na promoção do bem-estar dos colaboradores, inclui ações como consultas médicas online, acompanhamento pisicológico e programas de atividade física. No entanto, o que deveria ser uma medida de alívio para os trabalhadores acaba esbarrando em uma realidade muito mais sombria e contraditória.


Enquanto a empresa divulga com entusiasmo seu novo programa, a pressão no ambiente de trabalho permanece insuportável. Bancários relatam que as metas continuam a ser excessivamente agressivas, o que tem levado muitos à exaustão. Além disso, as denúncias de assédio moral por parte de superiores hierárquicos são constantes, revelando um ambiente tóxico que, em vez de promover saúde, tem gerado doenças físicas e mentais entre os empregados. A dissonância entre o discurso de bem-estar e a prática diária dos gestores tem gerado críticas intensas por parte dos sindicatos e dos próprios trabalhadores.


Esse comportamento paradoxal não é novo no setor bancário, mas é especialmente preocupante em um momento em que se discute a importância da saúde mental no ambiente de trabalho. O "Conexão Saúde", ao invés de ser uma solução para os problemas estruturais enfrentados pelos funcionários, parece mais uma estratégia de marketing do que um compromisso real com o bem-estar. Bancários que lidam com metas inatingíveis e cobranças abusivas questionam a eficácia de qualquer programa de saúde enquanto as condições de trabalho permanecem inalteradas.


Os sindicatos, que sempre estiveram na linha de frente defendendo os direitos dos bancários, têm criticado duramente o Itaú por essa postura. Eles apontam que, enquanto não houver uma mudança real nas práticas de gestão, programas como o "Conexão Saúde" servem apenas como uma cortina de fumaça. A saúde dos trabalhadores depende de um ambiente de trabalho saudável e respeitoso, e não apenas de iniciativas isoladas que ignoram os reais problemas.


Em suma, o Itaú Unibanco precisa reavaliar suas prioridades e reconhecer que o verdadeiro cuidado com seus funcionários passa por uma mudança profunda em sua cultura organizacional. Enquanto isso não acontecer, iniciativas como o "Conexão Saúde" continuarão sendo vistas como ações paliativas que, na prática, não resolvem o problema central: a necessidade de um ambiente de trabalho que não adoeça, mas sim valorize e respeite seus trabalhadores.

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